terça-feira, 15 de janeiro de 2013

2012 se foi....


Impressões sobre 2012
Interessante, todo final de ano dá vontade de falar e/ou escrever sobre o ano que passou. Agora não é diferente, quer dizer, talvez seja, uma vez que já estou no dia 15 de janeiro de 2013 (protelei como sempre e o tempo passou muito rápido). Vamos aos acontecimentos que acho relevantes e mereçam uma atenção maior, me serve até mesmo para refletir e tentar corrigir o que não deu certo ou que não tenha sido realizado a contento.

Tenho um problema com datas, talvez não saia em uma sequência cronológica exata, mas vou tentar.
Como todo ano a gente faz promessas, traça metas e espera que o ano seja melhor que o anterior. Comigo não é diferente. Esperava muito de 2012, sempre coloco que no próximo ano vou realizar tudo que deixei de fazer e gostaria de ter feito.

Trabalho:
Acredito que 2012 tenha sido a consolidação de vários projetos que estava ansioso por ver prontos. O Centro Odontológico ficou maravilhoso, claro que não poderia de citar a Engenheira Úrsula e o Arquiteto Bruno os quais me aguentaram todo tempo, o ex Prefeito Dr. Akira que vislumbrou a possibilidade e o atual Prefeito Dito Cunha que abraçou o projeto e ainda permitiu a compra de tudo novo, ou seja, ficou de primeira categoria, melhor que muita clínica particular.
Participamos de todos os editais que consegui achar e fomos contemplados com a maioria deles. Se fizermos uma série histórica de alguns anos atrás, fica visível o crescimento no número de convênios com Estado e União que o município fez. As parcerias no setor da saúde são essenciais, principalmente por que o município aplica muito acima do que a EC 29 determina e os outros entes não. Apesar dos processos serem muito burocráticos e demorarem, é muito bom ver um projeto tomar forma.

Apesar de tudo isso, foi um ano cansativo também, principalmente no que tange ao aspecto mental. A maioria dos profissionais de nível superior que trabalham na saúde pública tem como segundo emprego esse serviço, em resumo, é apenas um complemento de renda, uma forma de se ter uma renda formal. No meu caso é diferente, eu abracei a saúde pública como meu trabalho e nem consultório particular tenho mais. Especializei-me (acho que até demais) na área e faço jornada integral (sou concursado para 2 cargos de 4 horas diárias). Algumas das responsabilidades “burocráticas” da Secretaria de Saúde acabaram ficando comigo, além da presidência do Conselho Municipal de Saúde. Então, juntou tudo isso, fazendo minha cabeça não parar de pensar nem um minuto sequer. Pós-graduação, instrumentos de gestão, prestação de contas, metas, editais, projetos, atas do Conselho, reuniões, pactuações que não davam certo, consultórios e equipamentos estragando (sim, até isso aprendi a consertar, mais ou menos), entre outras responsabilidades. Queria ver tudo funcionando como deve, mas para isso dependemos de outros funcionários, alguns muito bons e outros que não estão nem aí. Dessa forma fui desanimando até chegar ao ponto de querer pedir para voltar ao atendimento. Fui demovido dessa ideia e aceitei continuar, quero ver funcionar corretamente, mas agora dentro dos meus limites, vi que não é possível, dentro de uma estrutura tão grande, fazer certas coisas sozinho. Li em algum lugar que a gente entra em “burnout” e eu estava (ou ainda estou?) nesse ponto.

Uma coisa interessante que aconteceu, foi fazer o concurso em Varginha, sem ter estudado nada, nem a Lei Orgânica do Município eu li, mesmo assim fiquei em 10º lugar de mais de 200 candidatos, já chamaram 8, ou seja no momento estou em 2º. Isso renova as forças. No fim do ano, ainda fui fazer um vestibular para Administração Pública na UFLA, passei também. Tudo bem, podem falar que é EAD (Educação a Distância), mas acertei bastante nas questões de português e conhecimentos gerais que abrange história, geografia, etc. A exceção foi matemática que foi triste. Fiquei em 12º de uns 150 candidatos. Mas a dúvida persiste, fazer o curso ou não? A decisão vai ser no limite.

Esporte:
Acho que o ano de 2012 foi um ano de consolidação como atleta de triathlon. Ainda tenho muito o que evoluir, estou aprendendo ainda. O legal é que quando jogava tênis ou vôlei, odiava fazer treinos de corrida. Hoje faz parte da minha vida. A meta de 2011 era fazer um meio iron, como consegui fazer Pirassununga, relaxei depois. Cheguei aos 96 kg, mas já perdi bastante e a meta é perder mais.

Tive uma frustração que não sabia que doía tanto, não terminar uma prova, o GP Extreme em São Carlos. Como São Carlos em 2011 foi meu primeiro triathlon (na distância short), adorei o lugar e fui o primeiro a me inscrever para 2012, assim a organização me deu a inscrição para o short no dia anterior, em resumo, 1 prova short distance no sábado a tarde (750m natação / 20 km bike / 5 km corrida) e outra no domingo de manhã (1 km natação / 100 km bike / 10 km corrida). Falei que não ia fazer muita força na prova de sábado, mas não dá, terminei me sentido bem. Mas dormi mal demais, acho que engoli muita água na natação. Domingo de manhã lá estava eu de novo (roupa molhada ainda). Nadei, fui pedalar (essa prova chama Extreme devido aos morros insanos), estava cansado e sem estratégia bem formulada de alimentação. O pneu traseiro fura na parte mais baixa da prova, não acreditava, uns 10 km dali tinha uma oficina shimano, fui até lá com pneu murcho, eles me emprestaram uma roda, troquei e fui embora, na outra volta fura o da frente no mesmo lugar (isso que o asfalto é o melhor que tem), enchi e fui enchendo até chegar na oficina novamente, já tinha rodado mais de 70 km, só que subi muito morro com pneu murcho o que foi me demolindo tanto física como mentalmente, nesse momento desisti da prova. Isso me doeu tanto que nem dormi de domingo para segunda. Foi um aprendizado que doeu bastante.

Fiz outras provas, como o Circuito Trilogia em BH, juntamente com um traning camp da Ironguides, com o Rodrigo Tosta, que hoje me assessora. Aprendi a treinar, vi que a gente precisa fazer escolhas, vi que temos limites, mas o principal foi ver que podemos chegar bem longe se fizermos tudo corretamente. Nessa pilha, cometi uma loucura e me inscrevi no Ironman Brasil 2013 (3,8 km natação / 180 km bike / 42 km corrida), que vai acontecer em maio. Estou treinando para não fazer feio.

Fui também a Pirassununga, com o intuito de melhorar meu tempo de 2011. Com muita chuva, consegui 15 minutos de melhora, que poderiam ser bem mais se não fosse um problema na transição e a estratégia de corrida (que tinha 1 km a mais também). O tempo da bike, nos 90 km me surpreendeu, com uma melhora de 30 minutos do ano anterior. Ainda teve Brotas para fechar o ano com chave de ouro (na foto abaixo, a chegada). O triathlon na distância olímpica (1,5 km natação / 40 km bike / 10 km corrida) mais difícil do Brasil, certeza. Só na natação que não tinha morro. De resto nada era plano.
Acredito que tenha crescido como esportista, percebi que faz parte da minha vida e é um meio de expurgar os “demônios”.

Vida pessoal:
Como é “pessoal”, vou comentar sobre alguns aspectos que são mais "públicos" só.
Mesmo com a cabeça cheia, acabei cedendo aos pedidos de uns amigos e me candidatei a vereador. Pensei assim: a gente reclama muito, como recusar uma oportunidade de ajudar? Deixei meu nome à disposição, mas já tinha avisado que não era meu perfil ficar indo de casa em casa, prometendo coisas que sabia que não iam acontecer e não tinha recursos financeiros para gastar. Minha campanha baseou-se no facebook, no boca a boca, em uma carta que fiz expressando minhas intenções e no auxílio dos amigos. No final obtive 214 votos e gastei uns R$ 100, foi quase. Mas hoje, refletindo sobre isso tudo, acho que não daria certo e o estresse aumentaria em proporções geométricas. Foi muito feio o que aconteceu aqui, a campanha para vereador acaba baseada em mentiras, compra de votos, assistencialismo, cartas desqualificando os candidatos mais fortes, boca de urna, etc. Minha consciência está tranquila quanto a isso. Deixo claro também que não foram todos candidatos que utilizaram dessas artimanhas. Assistindo a um filme esses dias, lembrei direitinho dessa época, o filme chama “The Campaign”, “Os Candidatos” no Brasil. No começo do filme, aparece uma frase interessante “A guerra e o vale tudo na lama tem regras... a política não tem regras”, Ross Perot, candidato à presidência 1988.

Todo final de ano tenho uma sensação ruim, uma sensação de não estar indo para frente, de estagnação, dá uma ansiedade e angústia chatas. Como moro em SGS mesmo, os amigos, a família, vem tudo para cá. Assim a agenda festiva fica cheia, como é temporário e eles logo vão embora, sobram poucos. O psicológico dá um nó! Mas passa tão logo os dias vão se seguindo. Preciso aprender a conviver melhor com isso, fico chato (mais), desanimado certos momentos, animado demais em outros, uma bipolaridade incomum para mim.

2013
Espero que 2013 seja um ano bom, com as expectativas alcançadas e a serenidade de volta. Tenho algumas metas como treinar corretamente (inclui alimentação), buscar melhor qualificação profissional, pagar as dívidas (todo ano ela está presente), ler mais, melhorar na carreira e terminar o Ironman. Outras metas, pessoais, guardo para mim.

Acho que o que eu quero mais que tudo mesmo é ser mais sereno e enfrentar as situações com mais calma. Cansei de ficar com a cabeça cheia de problemas que às vezes nem merecem estar ali.

Que venha 2013 com suas particularidades e surpresas. Como gosto do número 13, acredito que terei um ano agradável. Torço por isso e farei por onde também, não quero nada de graça, apesar que, ganhar na mega sena seria uma boa. Taí, outra meta, jogar mais na mega sena.
É isso....que todos tenham um ano abençoado e também ganhem na mega sena. 

Abraços
Guto

Nenhum comentário:

Postar um comentário