terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Interestadual de Triathlon em Brotas - SP


Como prometido e para o blog não ficar às moscas, vou contar como foi estar em Brotas no 2º Interestadual de Triathlon.

Como ainda estava meio quebrado de Pira e fiquei resfriado só consegui nadar 1000m, correr 1 hora mais ou menos e pedalar umas 4 horas nesse intervalo que separou o Long Distance de Brotas. Mesmo assim, como a proposta da prova era “irrecusável” e eu já havia me inscrito, pensei: por que não, nunca fiz um olímpico e a facilidade de ir para o interior de SP (mesmo sendo 400 km) me agradou.

Eu não contava com um imprevisto. Sexta feira teve show do Teatro Mágico em Pouso Alegre (aqui perto) e como nunca fui, tive de ir com a namorada. Não agüentei e bebi umas 6 cervejas, depois ainda comi um superlanche, isso lá pelas 1 ou 2 da manhã. Super saudável para quem iria viajar no dia seguinte e participar de uma prova de triathlon no domingo. Acordei com uma ressaquinha leve, mas enchi as caramanholas com água e gatorade e fomos para brotas umas 9:30 h. Paramos para almoçar em um Graal não sei onde e rumamos em definitivo para Brotas. Como cheguei umas 13 horas em Brotas, achei melhor mudar o plano inicial de ir direto para o local do evento, para um plano B de ir primeiro na pousada. Fui na desconfiança, achando que teria de pegar algo com a organização primeiro, mas não teve nada, nosso nome estava lá e a Pousada das Araras era show de bola (ponto para organização). Descansei e me hidratei mais ainda, tomei banho e fomos para o Bairro Patrimônio (local da prova) umas 16, 16:30h. Chegando lá peguei o kit rapidinho, que por sinal tinha uma camiseta bem legal e fui montar a bike. Tinha mecânico lá e eu não sabia, o Samuca fez até Bike Fit para a galera e eu vacilei. Bom, mesmo assim fui montar. Para quem não sabe, tenho um Peugeot 206 que não tem nenhum acessório para carregar a bike, ou seja, rebaixo o banco, removo as rodas e bora viajar. O ruim é que suja demais.

Montei a bike e fui p transição. Pessoal da organização tudo gente boa, dando a maior força, conheci o Branca, cara espetacular que dava altas dicas lá. Na transição conheci pessoalmente a Claudia, a Bia, o Eduardo e o Fernando de SP, conheci o Artur do RJ também e outros tantos. Conheci o Fernando Quirino do Ironbrothers sem saber que era ele, vi quem eh o Rodrigo Massoni, o Vilela. Muito bom poder trocar experiências e conhecer essa galera entendida. Para todo mundo eu perguntava se o trajeto “desafiador” da bike era aquele que a gente chegava de Brotas (só pirambeira), todo mundo me confirmava e ainda diziam que seriam 2 voltas. Ok, talvez eu não agüente e pare em algum bar ou cachoeira no meio do caminho. Congresso técnico logo após deixar a bike lá na transição devidamente coberta com plástico bolha (pô, to pagando a bike ainda). Muitas bikes Road e poucas TT. Mas como a minha Road não é muito confiável, levei a TT mesmo.

No congresso apresentaram o Vilela, como o cara dos 10 IM, apresentaram os patrocinadores, vi quem era o Fred e o Richard também. Após isso foi-nos apresentado a proposta da prova e o percurso. O pessoal da organização foi enfático em dizer para ir com a bike bem reguladinha, nessa hora já comecei a ficar ansioso e arrependido pelas cervejas tomadas e mesmo pela inscrição na prova. Depois fomos ao jantar de massas, logo ao lado do parque. Ah, esqueci de comentar que o local da natação e transição é um parque municipal com camping, uma represa enorme, etc. O pessoal fica andando de Jet ski lá e tomando umas e fazendo churrasco.

Jantar excelente, com várias opções de massas. Comi bastante e como não tinha muito lugar para sentar, conhecemos o Sérgio, triatleta de Barretos que ganhou sua categoria (45-49 anos). Cara gente fina também.

Fomos embora e como eu já estava nervoso, fui arrumar tudo para o dia seguinte. Deixei tudo dentro da mochila que ia levar para a transição, água no congelador. Banho e sono depois.

Às 5:30 h fomos para o local, cafezão já estava sendo servido, comi o tradicional para provocar problemas intestinais matutinos, hehehe, se maiores detalhes.

Levo as coisas para a transição, confiro umas 10 vezes e tá bom, largada marcada para as 8:50 h acho. Já fui para o pórtico perto da água, tava meio frio, fui reconhecer a represa e tava frio meeeesmo. De repente chega a notícia, roupa de borracha liberada, puuuutz, eu nem levei a minha. Deu raiva, mas fazer o que, aqueci e esperamos a largada do paratriathlon (parabéns demais a essa galera, os caras são bons) e a largada da elite.

A prova:

Natação

Duas voltas de 750 metros entre as bóias, não tinha muita gente então até que deu para nadar razoavelmente. Mas os braços sentiram a falta de treino. Tava pesado. O top branco da 2XU saiu laranja da água, acho que agora sua cor esta entre marrom claro e branco manchado. Saí da água nem sei com quanto tempo (depois vejo no site) e corri uma eternidade até a bike.

Ciclismo

Sapatilha clipada com o elastiquinho e vamos para a área de montagem, chega lá coloco uma sapatilha, aí vem uma subidinha e não consigo colocar a outra, rsrsrs, fiquei lutando até conseguir, beleza consegui. Agora sim, fazer força e ver se o percurso era pesado mesmo. Saí com a faca nos dentes atacando as subidas, descendo algumas ladeiras clipado, nem aí, até chegar na maior ladeira, aí não teve jeito, desclipei e fui o máximo que podia sem frear, com o cuidado de não passar reto nas curvas fechadas. O Fernando, que tinha conhecido lá, tava de bike Road, como ele tava muito próximo, na subida ele me passava, na descida ou reta eu passava ele, rsrs, até o momento em que ele falou, “pô até quando vamos ficar nessa putaria....” kkkkkkk. Ele continuava na minha frente mas com uma distância boa. Depois da descidona, chega uma reta e o retorno, pego um copinho d’água já pensando se voltaria ali depois. A volta, a descidona se torna a subidona e sinceramente, é nessas horas que eu penso em ter uma MTB, putz, não tinha posição na bike em que a lombar não doesse, achei uma mais ou menos, que era segurar no apoio do clipe, aí consegui subir mais ou menos as várias subidas. Descida e subida o tempo todo, com essa gigante que quase matava a gente. Cheguei ao fim da primeira volta e continuei apesar de tudo o que iria passar de novo. Tomando gel, água e accelerade. Parece que a 2ª volta eu fui mais cauteloso, alguns me passaram, mas depois passei de novo. Desci a “rainha” de lá com mais medo dessa vez, mas a uns 70 km/h, cheguei no retorno novamente, água no rosto e vamos terminar a bike. Na subidona (rainha) dava tempo de contar história, suar tudo, reidratar, era um bom tempo subindo, nisso tinha uma moça de bike TT também, atrás de mim sofrendo e falando que a gente tava sofrendo mais por causa da bike, chega um cara atrás dela e pergunta se ela tava com o câmbio travado porque ainda tinham 2 marchas para cima, ela olhou, trocou as marchas, agradeceu e foi embora ..... sumiu! Nessa volta um carro me passou e os caras me mostram uma vodka balalaika e gritam, “vamo bebe”, putz, naquele calor, beber vodka, pqp. Hidratei e tomei o resto do accelerade e fomos para a T2, sempre perseguindo o Fernando de SP, chegando na T2, desclipei a sapatilha e saí correndo de sapatilha e tudo, coloquei a bike no lugarzinho lá e fui colocar tênis, aí o bicho pegou, minha lombar não me deixava abaixar, rsrsrs, tive de sentar colocar o tênis, pegar um gel e sair para a corrida. Esqueci o advil q devia ter tomado na bike já.

Corrida

Saí com a lombar em frangalhos, mas pensei “são só 10 km, já já eu volto”, prometo nunca mais pensar nessas coisas. A corrida foi pela mesma estrada mas em sentido contrário, indo para São Pedro (estrada horrível por sinal, novidade para mim no estado de SP). O percurso era igual da bike, se não era subida era descida, devia ter umas 3 retas no máximo. De 2,5 a 2,5 km tinha posto de hidratação, mas como demorava p chegar. Sombra nem pensar, de vez em quando um ventinho. Consegui manter um ritmo bom, sempre via algumas pessoas andando, mas preferi continuar no ritmo que tava. O Fernando abriu muito e não consegui mais acompanhá-lo. Um outro carinha me passou e tentei ir no ritmo dele, durante um tempo deu certo, depois ele conseguiu abrir, na subida final, vi uma pessoa andando, pensei “vou alcançar, faltam só uns 2 km”, comecei a aumentar o ritmo, vi que era uma mulher, na hora que estava chegando perto ela olhou para trás e voltou a correr, eu forcei ela forçou mais ainda, afffff, mas me conformei, cheguei aliviado de ter participado de uma prova tão desgastante e conseguido terminar mesmo com a lombar destruída. Detalhe que não consegui abaixar para retirar o chip na chegada. Rsrsrsrs..... tomei o santo advil e pelo menos melhorou para poder voltar.

Não vi meu tempo, mas acho que deve ter sido alto, tudo bem, foi uma prova extremamente desgastante e ao mesmo tempo legal de se fazer. Almoçamos e conheci um cara de Poços de Caldas que ficou em segundo lugar na categoria dele, legal demais!!!! Vi um pouco da premiação desmontei a bike e viemos embora. No caminho até chuva de pedra tinha.... mas chegamos bem e com a experiência de mais uma prova no currículo.

Parabéns a todos que lá estiveram e a SPTRI pelo evento. Ano que vem volto, espero que mais preparado!

Ah, conferindo agora, tempo de prova 3:15:30 h. Alto, mas bem sofrido, hehehehh!!!!

3 comentários:

  1. Aeeee, parabens !!!
    prova de gente grande, jiiissuuuussss

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  2. Querem sofrer? Por um preço camarada? Ano que vem se inscrevam.... rsrsrs!!! Mas levem uma MTB p testar o percurso antes...

    abs galera

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