Como prometido e para o blog não ficar às moscas, vou contar como foi estar em Brotas no 2º Interestadual de Triathlon.
Como ainda estava meio quebrado de Pira e fiquei resfriado só consegui nadar 1000m, correr 1 hora mais ou menos e pedalar umas 4 horas nesse intervalo que separou o Long Distance de Brotas. Mesmo assim, como a proposta da prova era “irrecusável” e eu já havia me inscrito, pensei: por que não, nunca fiz um olímpico e a facilidade de ir para o interior de SP (mesmo sendo 400 km) me agradou.
Eu não contava com um imprevisto. Sexta feira teve show do Teatro Mágico em Pouso Alegre (aqui perto) e como nunca fui, tive de ir com a namorada. Não agüentei e bebi umas 6 cervejas, depois ainda comi um superlanche, isso lá pelas 1 ou 2 da manhã. Super saudável para quem iria viajar no dia seguinte e participar de uma prova de triathlon no domingo. Acordei com uma ressaquinha leve, mas enchi as caramanholas com água e gatorade e fomos para brotas umas 9:30 h. Paramos para almoçar em um Graal não sei onde e rumamos em definitivo para Brotas. Como cheguei umas 13 horas em Brotas, achei melhor mudar o plano inicial de ir direto para o local do evento, para um plano B de ir primeiro na pousada. Fui na desconfiança, achando que teria de pegar algo com a organização primeiro, mas não teve nada, nosso nome estava lá e a Pousada das Araras era show de bola (ponto para organização). Descansei e me hidratei mais ainda, tomei banho e fomos para o Bairro Patrimônio (local da prova) umas 16, 16:30h. Chegando lá peguei o kit rapidinho, que por sinal tinha uma camiseta bem legal e fui montar a bike. Tinha mecânico lá e eu não sabia, o Samuca fez até Bike Fit para a galera e eu vacilei. Bom, mesmo assim fui montar. Para quem não sabe, tenho um Peugeot 206 que não tem nenhum acessório para carregar a bike, ou seja, rebaixo o banco, removo as rodas e bora viajar. O ruim é que suja demais.
Montei a bike e fui p transição. Pessoal da organização tudo gente boa, dando a maior força, conheci o Branca, cara espetacular que dava altas dicas lá. Na transição conheci pessoalmente a Claudia, a Bia, o Eduardo e o Fernando de SP, conheci o Artur do RJ também e outros tantos. Conheci o Fernando Quirino do Ironbrothers sem saber que era ele, vi quem eh o Rodrigo Massoni, o Vilela. Muito bom poder trocar experiências e conhecer essa galera entendida. Para todo mundo eu perguntava se o trajeto “desafiador” da bike era aquele que a gente chegava de Brotas (só pirambeira), todo mundo me confirmava e ainda diziam que seriam 2 voltas. Ok, talvez eu não agüente e pare em algum bar ou cachoeira no meio do caminho. Congresso técnico logo após deixar a bike lá na transição devidamente coberta com plástico bolha (pô, to pagando a bike ainda). Muitas bikes Road e poucas TT. Mas como a minha Road não é muito confiável, levei a TT mesmo.
No congresso apresentaram o Vilela, como o cara dos 10 IM, apresentaram os patrocinadores, vi quem era o Fred e o Richard também. Após isso foi-nos apresentado a proposta da prova e o percurso. O pessoal da organização foi enfático em dizer para ir com a bike bem reguladinha, nessa hora já comecei a ficar ansioso e arrependido pelas cervejas tomadas e mesmo pela inscrição na prova. Depois fomos ao jantar de massas, logo ao lado do parque. Ah, esqueci de comentar que o local da natação e transição é um parque municipal com camping, uma represa enorme, etc. O pessoal fica andando de Jet ski lá e tomando umas e fazendo churrasco.
Jantar excelente, com várias opções de massas. Comi bastante e como não tinha muito lugar para sentar, conhecemos o Sérgio, triatleta de Barretos que ganhou sua categoria (45-49 anos). Cara gente fina também.
Fomos embora e como eu já estava nervoso, fui arrumar tudo para o dia seguinte. Deixei tudo dentro da mochila que ia levar para a transição, água no congelador. Banho e sono depois.
Às 5:30 h fomos para o local, cafezão já estava sendo servido, comi o tradicional para provocar problemas intestinais matutinos, hehehe, se maiores detalhes.
Levo as coisas para a transição, confiro umas 10 vezes e tá bom, largada marcada para as 8:50 h acho. Já fui para o pórtico perto da água, tava meio frio, fui reconhecer a represa e tava frio meeeesmo. De repente chega a notícia, roupa de borracha liberada, puuuutz, eu nem levei a minha. Deu raiva, mas fazer o que, aqueci e esperamos a largada do paratriathlon (parabéns demais a essa galera, os caras são bons) e a largada da elite.
A prova:
Natação
Duas voltas de 750 metros entre as bóias, não tinha muita gente então até que deu para nadar razoavelmente. Mas os braços sentiram a falta de treino. Tava pesado. O top branco da 2XU saiu laranja da água, acho que agora sua cor esta entre marrom claro e branco manchado. Saí da água nem sei com quanto tempo (depois vejo no site) e corri uma eternidade até a bike.
Ciclismo
Sapatilha clipada com o elastiquinho e vamos para a área de montagem, chega lá coloco uma sapatilha, aí vem uma subidinha e não consigo colocar a outra, rsrsrs, fiquei lutando até conseguir, beleza consegui. Agora sim, fazer força e ver se o percurso era pesado mesmo. Saí com a faca nos dentes atacando as subidas, descendo algumas ladeiras clipado, nem aí, até chegar na maior ladeira, aí não teve jeito, desclipei e fui o máximo que podia sem frear, com o cuidado de não passar reto nas curvas fechadas. O Fernando, que tinha conhecido lá, tava de bike Road, como ele tava muito próximo, na subida ele me passava, na descida ou reta eu passava ele, rsrs, até o momento em que ele falou, “pô até quando vamos ficar nessa putaria....” kkkkkkk. Ele continuava na minha frente mas com uma distância boa. Depois da descidona, chega uma reta e o retorno, pego um copinho d’água já pensando se voltaria ali depois. A volta, a descidona se torna a subidona e sinceramente, é nessas horas que eu penso em ter uma MTB, putz, não tinha posição na bike em que a lombar não doesse, achei uma mais ou menos, que era segurar no apoio do clipe, aí consegui subir mais ou menos as várias subidas. Descida e subida o tempo todo, com essa gigante que quase matava a gente. Cheguei ao fim da primeira volta e continuei apesar de tudo o que iria passar de novo. Tomando gel, água e accelerade. Parece que a 2ª volta eu fui mais cauteloso, alguns me passaram, mas depois passei de novo. Desci a “rainha” de lá com mais medo dessa vez, mas a uns 70 km/h, cheguei no retorno novamente, água no rosto e vamos terminar a bike. Na subidona (rainha) dava tempo de contar história, suar tudo, reidratar, era um bom tempo subindo, nisso tinha uma moça de bike TT também, atrás de mim sofrendo e falando que a gente tava sofrendo mais por causa da bike, chega um cara atrás dela e pergunta se ela tava com o câmbio travado porque ainda tinham 2 marchas para cima, ela olhou, trocou as marchas, agradeceu e foi embora ..... sumiu! Nessa volta um carro me passou e os caras me mostram uma vodka balalaika e gritam, “vamo bebe”, putz, naquele calor, beber vodka, pqp. Hidratei e tomei o resto do accelerade e fomos para a T2, sempre perseguindo o Fernando de SP, chegando na T2, desclipei a sapatilha e saí correndo de sapatilha e tudo, coloquei a bike no lugarzinho lá e fui colocar tênis, aí o bicho pegou, minha lombar não me deixava abaixar, rsrsrs, tive de sentar colocar o tênis, pegar um gel e sair para a corrida. Esqueci o advil q devia ter tomado na bike já.
Corrida
Saí com a lombar em frangalhos, mas pensei “são só 10 km, já já eu volto”, prometo nunca mais pensar nessas coisas. A corrida foi pela mesma estrada mas em sentido contrário, indo para São Pedro (estrada horrível por sinal, novidade para mim no estado de SP). O percurso era igual da bike, se não era subida era descida, devia ter umas 3 retas no máximo. De 2,5 a 2,5 km tinha posto de hidratação, mas como demorava p chegar. Sombra nem pensar, de vez em quando um ventinho. Consegui manter um ritmo bom, sempre via algumas pessoas andando, mas preferi continuar no ritmo que tava. O Fernando abriu muito e não consegui mais acompanhá-lo. Um outro carinha me passou e tentei ir no ritmo dele, durante um tempo deu certo, depois ele conseguiu abrir, na subida final, vi uma pessoa andando, pensei “vou alcançar, faltam só uns 2 km”, comecei a aumentar o ritmo, vi que era uma mulher, na hora que estava chegando perto ela olhou para trás e voltou a correr, eu forcei ela forçou mais ainda, afffff, mas me conformei, cheguei aliviado de ter participado de uma prova tão desgastante e conseguido terminar mesmo com a lombar destruída. Detalhe que não consegui abaixar para retirar o chip na chegada. Rsrsrsrs..... tomei o santo advil e pelo menos melhorou para poder voltar.
Não vi meu tempo, mas acho que deve ter sido alto, tudo bem, foi uma prova extremamente desgastante e ao mesmo tempo legal de se fazer. Almoçamos e conheci um cara de Poços de Caldas que ficou em segundo lugar na categoria dele, legal demais!!!! Vi um pouco da premiação desmontei a bike e viemos embora. No caminho até chuva de pedra tinha.... mas chegamos bem e com a experiência de mais uma prova no currículo.
Parabéns a todos que lá estiveram e a SPTRI pelo evento. Ano que vem volto, espero que mais preparado!
Ah, conferindo agora, tempo de prova 3:15:30 h. Alto, mas bem sofrido, hehehehh!!!!
Aeeee, parabens !!!
ResponderExcluirprova de gente grande, jiiissuuuussss
Deu vontade de ir....
ResponderExcluirQuerem sofrer? Por um preço camarada? Ano que vem se inscrevam.... rsrsrs!!! Mas levem uma MTB p testar o percurso antes...
ResponderExcluirabs galera